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Aterro do Flamengo
Aterro do Flamengo

O Parque do Flamengo, oficialmente chamado Parque Brigadeiro Eduardo Gomes, conhecido popularmente como Aterro do Flamengo ou simplesmente O Aterro, é um complexo de lazer no Rio de Janeiro, Brasil, construído sobre aterros sucessivos ao longo da Baía de Guanabara.

O parque se estende do Aeroporto Santos-Dumont, no centro da cidade, ao início da Praia de Botafogo, na zona sul, tendo sua maior parte ao longo da Praia do Flamengo. Entre os elementos do complexo se destacam o Museu de Arte Moderna, o Monumento aos Pracinhas, a Marina da Glória, o Monumento a Estácio de Sá, uma via expressa, áreas para prática de esportes, um restaurante e uma faixa de areia na Praia do Flamengo.

Em sua configuração atual, o parque foi inaugurado em 1965, com 1.200.000 metros quadrados.

No trecho hoje ocupado pelo Parque do Flamengo, a orla original apresentava uma conformação recortada, com pequenas enseadas aqui e ali, como a Praia do Russel (na altura do atual Hotel Glória), ou o Saco do Alferes.

As primeiras obras de aterramento da região remontam ao início do século 20, quando foram construídas a Avenida Beira-Mar, a Praça Paris e a avenida da Praia do Flamengo. O desmonte gradual do Morro do Castelo forneceu material para novos aterros na região central, como o do Aeroporto Santos-Dumont.

Na década de 1950, com as rochas do desmonte do Morro de Santo Antônio, deram início à construção de um enrocamento, que começava na Ponta do Calabouço e a região da Glória e seguia numa faixa estreita mar adentro até curva do Morro da Viúva formando uma laguna que finalmente foi aterrada. O aterro (assim chamado) foi usado nos eventos do Congresso Eucarístico Internacional. Mais tarde a área foi ocupada pelo Museu de Arte Moderna (1958) e pelo Monumento aos Pracinhas (1960).

Anos depois, foi executada a parte principal do aterro. O entulho retirado do morro foi sendo despejado no mar, formando, desde o pontal do Calabouço até o Morro da Viúva, uma comprida restinga de pedras dispostas de modo a formar uma laguna e a faixa de areia da praia do Flamengo, que a seguir foi aterrada. O plano original previa a construção de pistas expressas entre o Centro e a zona sul da cidade.

Porém, a idéia de se criar um grande parque na área, junto às pistas de rolamento, é atribuída à poetisa Carlota de Macedo Soares, amiga do governador do Estado da Guanabara Carlos Lacerda.

Com projeto paisagístico de Roberto Burle Marx, o novo parque foi destinado a atividades esportivas, recebendo quadras de futebol, tênis, vôlei, basquete e pistas de aeromodelismo; destacam-se os campos de pelada, no trecho inicial da Praia do Flamengo, criados por iniciativa de Raphael de Almeida Magalhães, outro colaborador de Lacerda.

O projeto do Parque do Flamengo incorporou a Praça Cuauhtémoc e os entornos do Monumento aos Pracinhas e do Museu de Arte Moderna; foi seguido no Trevo Edson Luís e na Marina da Glória (inaugurada em 1982) e parcialmente na Praia de Botafogo. Também foram construídos no Parque do Flamengo o Museu Carmen Miranda e o restaurante Rio's, atualmente uma churrascaria.

Nos anos 70, o parque foi batizado com o nome do brigadeiro Eduardo Gomes, herói de guerra e político brasileiro.

Em 1989, nas comemorações do bicentenário da Revolução Francesa, foi erguida no parque uma réplica temporária da Torre Eiffel, considerada a maior já construída em todo o mundo e que serviu de palco para concertos e apresentações de balé.

Em 1992, o Aterro foi a sede do Fórum Global, seção de exposições e debates da Eco-92.

A característica mais marcante do Parque do Flamengo é a diversidade de sua flora, formada principalmente por espécies nativas selecionadas por Burle Marx. A riqueza vegetal atrai muitas aves.

Para o acesso de pedestres, foram construídas passarelas com curvaturas suaves sobre as pistas expressas, alternadas com passagens subterrâneas sob viadutos. As avenidas internas que cortam o parque são fechadas ao tráfego nos domingos e feriados, das 7h às 18h, o que permite seu uso freqüente em competições de ciclismo, corridas a pé e caminhadas.

O local também é usado ocasionalmente para shows de grande público. Diante da oposição dos vizinhos, que temem a incapacidade dos transportes e a depredação do Parque, esses eventos têm se tornado menos freqüentes.




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